História dos celtas
Na época em que o Império Romano invadiu e
conquistou a ilha da Grã-Bretanha, o povo celta era o povo que habitava esta
região. Chegaram na região vindos de diversas regiões da Europa, entre os
séculos II e III A.C.
Era um povo formado por indivíduos fortes e altos.
Dedicavam-se muito à arte da guerra, embora também tenham desenvolvido muito o
aspecto artístico, principalmente o artesanato.
Conheciam técnicas agrícolas desenvolvidas para a época como, por exemplo, o
arado com rodas. Fabricavam jóias, armaduras, espadas e outros tipos de armas,
utilizando metais. Fabricavam carros de guerra desenvolvidos, que chegavam a
provocar medo nos inimigos.
Possuíam uma religião politeístas, ou seja, acreditavam em vários
deuses. Faziam seus rituais religiosos ao ar livre. No calendário celta havia
diversas festas místicas como, por exemplo, o Imbolc (em homenagem a deusa
Brigida). Esta festa marcava o início da época do plantio das sementes. As
cerimônias e os rituais ficavam sob responsabilidade dos druidas, o sacerdote
dos celtas.
Os belgas foram a última tribo de celtas que chegou na região
da Britânia. Os belgas estabeleceram-se na área onde hoje é a Inglaterra. Foram
habitar nas florestas e nas clareiras da região, ao contrário dos outros povos
celtas que preferiram morar nas regiões montanhosas.
O príncipe belga
mais conhecido deste período foi Cimbelino. Com sua capacidade de conquistas,
tornou-se senhor de quase toda região sudeste da Inglaterra. Fundou nesta área a
cidade de Camulodunum, próxima a cidade inglesa atual de Colchester. Sua Pesquisa
Mitologia
Consideram-se três as fontes principais sobre a mitologia celta, os autores greco-romanos, a arqueologia, e os documentos britânicos e irlandeses.
São riquíssimas as narrativas mitológicas celtas, principalmente as transmitidas oralmente em forma de poema, como "O Roubo de Gado em Cooley". Nesta, o herói irlandês Cú Chulainn enfrenta as forças da rainha Maeve para defender o seu condado. Outra narrativa, do Livro das Invasões (Lebor Gabala Erren), conta a lenda dos filhos de Míle Espáine e o seu trajecto até chegarem à Irlanda.
Outros legados dos celtas são as histórias do Ciclo do Rei Artur da Inglaterra e relatos míticos dos quais se originaram os contos de fadas, como, por exemplo, Chapeuzinho Vermelho (onde a menina representa o Sol devorado pela noite do inverno, ou seja, o lobo).
Os celtas da Europa continental não deixaram registro escrito, mas conhecemos seus deuses através dos conquistadores romanos, que estabeleceram elos entre muitas dessas divindades e seus próprios deuses. Por exemplo, o deus do trovão Taranis era o equivalente do Júpiter romano, e várias outras divindades locais eram equiparadas a Marte, Mercúrio e Apolo. Os povos do País de Gales e da Irlanda também deixaram uma mitologia muito rica e muitas de suas lendas foram escritas durante a Idade Média.A Mitologia Celta pode ser dividida em três subgrupos principais de crenças relacionadas.
· Goidélica - irlandesa e escocesa
· Britânica Insular - galesa e da Cornuália
· Britânica Continental - Europa continental.
Na Irlanda, o registro mais antigo da mitologia celta é o “Book of the Dun Cow”, que contém as sagas do herói Cuchulainn, escrito pelo monje Maelmuri, morto pelos vikings, em sua catredral, em 1106. Esse título se deve a um manuscrito do séc. VII, escrito por S. Ciaran sobre a pele de sua vaca de estimação.
O legado celta da Irlanda é muito forte e a mais direta fonte para estudos, pois os romanos jamais invadiram esse país. Preciosos manuscritos da mitologia irlandesa nos elucidam muito sobre a espiritualidade e sociedade celta. Alguns textos-chave são “O Livro das Invasões da Irlanda”, “O Roubo do Gado de Cooley”, “A Cartilha do Sábio”, “A Batalha de Moytura”, entre outros.
Na mitologia britânica temos o Mabinogion, uma coleção de 11 contos galeses conservados nos manuscritos “White Book of Rhydderch” e “Red Book of Hergest”, dos sécs. XIII e XIV. Mabinogion é o título dado por lady Charlotte Guest, em 1849, quando ela fez a tradução dos manuscritos para o inglês. Povos da Antiguidade: Celtas
ESPIRITUALIDADE CELTA
As mulheres eram vistas como aspectos vivos da criação, porque vivenciavam todos os meses com o ciclo menstrual, o processo da vida, morte e renascimento, além do poder de gerar vidas. Vou dar um exemplo: Dergflaith era um dos nomes célticos dado à menstruação, e significava “soberania vermelha”. O vermelho representava soberania, poder, vida. Pense então nos mantos vermelhos dos reis. A menstruação tinha conotação de sagrado, porque acreditavam que a mulher se tornava ancorada e enraizada nesse período. Nos períodos de menstruação, as mulheres se isolavam numa cabana ou se dirigiam à floresta, compartilhavam sobre os problemas da tribo.
Outro ponto que pode ilustrar o poder feminino se refere ao ritual religioso e mágico hieròs-gámos (casamento sagrado), no qual uma mulher que tinha o poder mágico representava a Deusa e concedia aos reis e heróis grandes poderes.
Dentro da sociedade celta, a mulher dominava a religião. Podia ser uma guerreira e podia escolher o seu parceiro. Quando ela se casava, trazia para o casamento seus bens, e se eles fossem superiores aos do marido, ela se tornava chefe do casal. Há ainda uma coisa importante para se dizer com relação a concepção de união eterna e fidelidade, nem de traição. No casamento, previlegiava-se o amor, ao mesmo tempo em que o casamento era visto como um contrato que poderia ser rompido, pois existia o divórcio. São concepções interessantes para uma época tão distante porque, na verdade, a mulher celta era tudo o que a mulher de hoje “briga” muito por ser.
Muitas civilizações antigas nos ensinam a liberdade, igualdade que deveríamos ter atualmente como seres evoluídos, mas percebemos que muitas civilizações antigas eram muito mais evvoluídas moral e espiritualmente do que nós no século XXI.
Sejamos mais humildes em relação ao conhecimento de civilizações que aqui vieram para nos dar um impulso para a elevação e aprendamos com eles.
Muita Luz Mariah